domingo, 3 de agosto de 2008

Capítulo X - Comitiva diplomática

Saímos da copa em direção à sala de Mestre Hotinin. Lavië estava visivelmente excitada, era a primeira vez que ela saía da cidade representando nossa Ordem.
Abri a porta do gabinete, lá estavam Paussin, Pityo e Morn a nossa espera. Sobre a mesa do mestre avistei meu cajado, a baqueta e foice de Lavië e um pergaminho devidamente enrolado e lacrado, o documento que deveria ser entregue a Uter.

_Mais uma vez juntos para um passeio, amigo?_ perguntou-me Paussin ao me cumprimentar, para logo em seguida fazer o mesmo com meus companheiros.
_Verdade, parece que fomos eleitos os aventureiros do mês!_ respondi enquanto pegava meu cajado sobre a mesa.
_Precisamos levar nossas armas?_ perguntou Lavië, que mirava sua baqueta e foice, lembrando que a ultima vez que fez uso das armas foram em exercícios no dia anterior, com o contra-mestre Junwo.
_Por dois motivos, o primeiro por se tratar de uma visita Bélico-diplomática e segundo, para nossa própria segurança, por isso precisamos estar devidamente armados. _respondeu Morn, que estava ao lado da mesa.
_Ah, sim, entendi!_ a elfa exclamou enquanto ajeitava à sua faixa da cintura as armas.

Morn pegou o rolo de pergaminho e estendeu a mão na minha direção.
_Mestre Hortinin pediu para que o Irmão fosse o portador da mensagem!
_Certo, assim seja!
_Acredito que estamos prontos para irmos, não?_ perguntou Merlin ao grupo.
_Sim, só gostaria de saber onde exatamente surgiremos, não comentei com Lenwo, mas não achei muito agradável aparecer no meio do salão principal de Civitis._ Indagou Paussin a Merlin.
_Ah, claro, a culpa foi minha, na pressa, não perguntei o local que seria mais apropriado a vossa aparição, por isso foi ativada a coordenada que especifiquei ao criar o feitiço. Sei que isso causou um pequeno mal estar, contudo, a situação foi muito bem contornada!
_Graças ao Lenwo!_ disse Pityo, de pé ao lado de Paussin_ Desculpe-me Merlin, por ter interrompido.
_Não por isso! Dessa vez o ponto de chegada é a minha casa, somos seis, mas acredito que não quebraremos nada ao chegar!
_Sendo assim, podemos ir então!

Merlin pede para que fiquemos mais próximos uns dos outros, provavelmente para evitar que na nossa chegada, um de nós destruísse alguma coisa de seu laboratório. Ele faz um gesto rápido com a mão direita e a uma luz azulada logo nos envolve. O frio na barriga é imediato e a sensação seguinte é de ter os pés fora do chão por alguns segundos. Sinto meus pés tocarem o solo novamente, meu ventre parece ter se arrumado, a luz azul diminui e me vejo dentro da casa do mago.

_O que é isso? Sinto-me mais que enjoada!_exclamou Lavië procurando uma cadeira próxima.
_Normal sentir-se assim nas primeiras viagens._explicou o mago.

Passei as mãos pelos cabelos vermelhos de minha amiga, ela me mirou com seus olhos de água doce e tentou esboçar um sorriso. Realmente o efeito desagradável do transporte foi pior para ela.
Merlin pegou uma caneca em uma estante, depois um frasco sobre a mesa e tirou dele um líquido esverdeado como um tipo de chá e deu a ela.

_Isso vai fazer-te sentir melhor!
_Obrigada!

Ela bebeu do liquido.

_Boldo?
_Sim, folhas de boldo maceradas em água, gostas?
_Gosto, minha mãe costumava me dar folhas de boldo depois do jantar!
_E ela costumava comer as do pátio do colégio quando o escriba estava distraído!_interrompi o diálogo e fui seguido por umas risadas.

Lavië parecia bem melhor, sorria de verdade quando terminou de beber e devolveu a caneca ao Merlin.

Podemos ir?_perguntou Paussin.
_Sim, estou melhor!

Merlin abriu a porta e ganhamos a rua. Ele nos guiou até a alameda principal. Era 3 da tarde, o sol brilhava no céu limpo e o vento gelado batia em nossos rostos. Soldados iam e vinham pela rua. Um ou outro nos olhava, provavelmente por ver um grupo de soldados e druidas paramentados, mas acredito que por verem o jovem mago conosco, nenhum nos abordou.

Chegamos em alguns minutos ao castelo. Erguido no centro da cidade, a construção de pedras com quatro torres de alturas diferentes era a sede do governo e onde, quando não estava em batalhas, poderíamos encontrar Uter Pendragon.
Merlin se aproximou da entrada do castelo, dois guardas estavam um a cada lado da porta, um deles perguntou:

_O que deseja, senhor Merlin?
_Temos uma mensagem diplomática para entregar ao General Uter.
_Acompanharei os Senhores. Senhor Uter está no gabinete. É um dia movimentado, um outro diplomata está com ele agora.

Resolvi não perguntar, me pareceu que os demais também guardaram para si a curiosidade.

Andamos por grande parte do castelo até chegar á porta do gabinete de Uter, guardada por mais um soldado. Os dois se falaram rapidamente e o que guardava a porta entrou na sala. Passado alguns minutos ele voltou, abriu a porta e pediu que o seguíssemos. O guarda que nos guiou ficou substituindo o que seguíamos.

Adentramos uma saleta, o guarda fechou a porta e logo em seguida abriu outra à nossa frente. Um salão decorado com tapetes sofienses pendurados pelas paredes de pedra, várias tochas apagadas também fixadas perto da decoração era o que chamava a atenção quando a porta foi aberta. No fundo da sala, um homem de cabelos negros vestindo uma túnica vermelha tendo o brasão de Santa Sofia ao peito, sentava-se confortavelmente a uma cadeira toda ornamentada. Uma mesa com alguns rolos de pergaminhos, papiros, tinteiro e penas estavam a sua frente.O Sol inundava a sala com seus raios dourados que vinham da grande porta ao fundo que levava a uma varanda. Um conjunto de poltronas fazia um semicírculo ao redor da mesa e a poltrona mais à direita do homem de cabelos negros havia um outro homem. Seus cabelos eram brancos, compridos. Suas vestes eram negras com detalhes cinza, sua pele escura, olhos claros e orelhas pontudas denunciavam sua origem: era um Drow.

_Senhor Merlin e os enviados de Haendelle!_ exclamou o guarda.

O homem de vermelho se levantou, olhou-nos e disse:

_Seitai-vos! Quero muito ouvir o que vierdes me falar!

Aproximamos-nos das poltronas. Merlin abraçou o homem virou para nós e disse:

_Uter, esses são os enviados de Haendelle, Os Druidas Naldus e Lavië, O Capitão Paussin e os soldados Pityo e Morn.

_Prazer em vos conhecer! Sou Uter Pendragon, General da XXVII Legião de Santa Sofia. A que devo a honra de ter a vossa visita?

Com o pergaminho na mão, estendi para Uter e disse:

_Trago notícias da ultima reunião elfica terminada hoje em Haendelle.

Uter pegou o pergaminho, retirou o lacre e sentando-se na mesa começou a ler atentamente. Percebi que o Drow parecia interessado no conteúdo do documento.

_Estou surpreso com essa notícia! Senhores desculpem-me por minha indelicadeza! Este senhor aqui é Elladan Calafalas, Mensageiro da Rainha Alëh Arëhto._ disse Uter.

Olhamos para ele e este nos acenou com a cabeça, seus olhos prateados nos fitaram com um ar de superioridade.

_Este senhor veio entregar-me uma mensagem muito importante. _Uter virou-se e pegou um outro pergaminho sobre a mesa em que estava sentado_ Segundo este documento, a Rainha Alëh Arëhto, soberana Da ilha de Gildor e das cidades de Dünkel , Ägnor e Fingëh, declara seu repúdio contra a minha tentativa de dominar a Ilha de Celtiland. Sendo assim, por ter três cidades do seu domínio nesta ilha, ela decreta a partir da data de hoje que suas tropas se unirão às do Duque Cornwall contra as tropas sofienses. _disse Uter com um pequeno sorriso forçado em seu rosto.

Ficamos em silencio, apenas observando as ações do homem de cabelos negros e túnica vermelha que agora dirigia o olhar para o Drow sentado na poltrona.

_Senhor Calafalas, aproveito que o senhor voltará para ter com sua rainha e peço que a diga o seguinte: Não me intimido em saber que o numero das tropas de meu rival nesta ilha tenha aumentado, pois hoje mesmo meus aliados subiram em numero elevado!_ Uter bradou sacudindo o pergaminho que eu o entreguei_ Agora, gostaria que fosse o mais rápido possível para sua ilha, escondida no oeste, para que eu não tenha mais o desprazer de ver sua cara!

_Desprazer sinto eu em ter de ficar na presença de um humano como tu!_ disse Elladan ao se levantar da poltrona e sem esperar qualquer reposta de Uter, desapareceu em meio a uma luz azulada.

_ Interessante como os Drows sabem fazer uma saída espetacular! _ brincou o general, tentando descontrair após o insulto do diplomata de Gildor.
_É, mas não queira viajar nessa luz azul, os efeitos são horríveis!_ disse a minha amiga para o general.
_Por que diz isso, cara jovem?
_Passei mal depois do trasporte...

Uter demonstrou surpresa pelo ocorrido e Merlin logo explicou:

_As mulheres são mais sensíveis ao transporte, General! Quanto a experimentar, quando for do vosso desejo é só pedir!
_Obrigado Merlin! Capitão Paussin, posso considerá-lo como oficial Sofiense a partir de agora?
_Sim, Senhor! Meus soldados e eu estamos ao seu comando desde que o documento foi entregue!
_Ótimo! Só tenho uma dúvida... Lavië, tu carregas uma foice e uma vara de madeira à cintura, mas Naldus só leva um cajado, mesmo com todas as informações colhidas por meus batedores muito pouco sei sobre vós, druidas. Por que usam armas distintas, ou melhor, essa vara é uma arma?
_Sim, General, essa vara, ou como chamamos, baqueta, é uma arma. É feita de carvalho e seve para concentrar e canalizar a magia druida, mas não são todos os druidas que a usam, as mulheres a preferem. Posso realizar magias sem minha baqueta, mas canalizo melhor as energias do Nauth com ela. Já a foice é a minha arma de luta não mágica. O Irmão naldus usa o cajado da mesma maneira que eu uso a baqueta, a diferença é que o cajado também é uma arma de luta não mágica!
_Nossa, muito esclarecedor! _exclamou Uter_ Posso ver sua baqueta?
_Claro, senhor!

Lavië retirou sua baqueta da cintura e a deu a Uter. O general sofiense examinou a peça com cuidado. As baquetas eram esculpidas pelos próprios druidas o que a deixava com uma aparência artística inigualável, uma verdadeira obra de arte, arte mágica.

_Incrível! Estes desenhos são folhas e flores de tília? _indagou Uter.
_São, eu mesma que as entalhei!
_Como fizeste essa pequena escultura? Tílias crescem nas regiões frias do Médio-Império, não é nativa de Celtiland!
_Meu Avô é o Herbalista chefe de Haendelle, já viajou por grande parte do nosso mundo. Trouxe sementes e mudas de tília que só existem no horto lacrado de Haendelle.
_Horto lacrado? O que seria isso? _perguntou Uter, cada vez mais interessado.
_Naldus pode explicar melhor, ele fez estágio com meu avô! Poderia?
_Claro! _respondi animado _ Um horto lacrado é uma espécie de reserva para espécies exóticas. Se plantássemos uma tília sem nos preocuparmos com seu livre crescimento na floresta, causaríamos um desequilíbrio na diversidade da mata nativa. Uma planta exótica pode alterar uma cadeia alimentar, ou matar plantas nativas, isso seria um desastre, comprometeria nossa própria existência!
_Nunca havia pensado assim! Agora pensarei duas vezes antes de permitir que algum soldado transporte uma muda de planta para um lugar completamente diferente do império! E o seu cajado, Naldus, posso ver?
_Sim, senhor, por favor!

O General observou os detalhes do meu cajado, a sua aparência principal era como um galho de carvalho trabalhado com signos elficos e o símbolo de Viviane na parte superior, mas ele poderia tomar a forma que eu imaginasse, como fiz quando estive em Vernes da ultima vez.

_Belíssimo! _exclamou Uter._Percebo que vós não sois simples sacerdotes, isso significaria poder contar convosco no campo de batalha?
_Exatamente! _ respondi _ Não somente para cuidar dos feridos, estaremos lá para lutar, se for preciso.
_Gostei disso! Capitão Paussin, gostaria de ver uma pequena demonstração de combate de seus soldados, isto seria possível?
_Claro, senhor!
_Sendo assim, por favor, me acompanheis até o arsenal.

O General enrolou o pergaminho que eu o dera, colocou-o dentro de um tubo de couro, lacrou com cera e estampou o brasão sofiense nela. Dirigiu-se à porta e nós o seguimos.
Por um momento percebi que Lavië olhava para a mesa do general, sua expressão era de angústia.
_O que houve?_perguntei em tom baixo.
_Não sei, tive a sensação de ter escutado algo gemer e o som vinha dali _ ela me respondeu apontando a mesa com os olhos.
Olhei para a mesa, mas nada via de diferente. Minha amiga deu de ombros e seguiu andando. Mesmo cismado com o ocorrido, continuei andando.
Ganhamos a galeria de passagem e seguimos por um caminho diferente do que usamos para chegar ao gabinete de Uter. Depois de um tempo andando o general parou à frente de uma porta e falou com o guarda:

_Entregue este rolo para o escriba e peça que ele encaminhe uma cópia para o imperador!

Uter seguiu novamente pela galeria até sairmos no pátio do castelo. Em pouco tempo estávamos adentrando o arsenal. O general nos guiava pela edificação, que parecia um anexo do castelo, andamos por uma galeria que margiáva um pátio menor que o do castelo, mas de tamanho suficientemente grande para duas legiões sofienses treinarem como pude observar naquele momento. Paramos perto de um grupo de soldados, um dos homens vestia uma armadura de talas, capa vermelha e carregava um elmo na mão esquerda. À cintura, também à esquerda, uma espada curta. O homem era loiro, os cabelos compridos, olhos castanhos e era imberbe. Ele veio ao nosso encontro, estendeu o braço e disse:

_Ave Cäsar!
_Ave! _ respondeu Uter

Eles apertaram as mãos e Uter nos apresentou. Era conde Lenard, o Governador Hierárquico de Vernes. Ele nos saudou e parecia feliz em nos ver.

_Uma demonstração de luta dos gerreiros elfos? Por favor, meu avô costumava contar histórias sobre guerreiros de Haendelle e suas habilidades espetaculares com espadas longas e arcos!

Paussin sorriu animado. Sir Lenard pediu que ele e os soldados o seguissem e se dirigiu para o pátio. Chamou três soldados e conversaram um pouco. Uter se recostou a uma coluna do pórtico de acesso ao pátio. Lavië, Merlin e eu ficamos observando ao lado de Uter.
Os soldados sofienses trouxeram três alvos e os colocaram a uns 150m de distância de Paussin e dos outros e depois os entregaram arcos longos e aljavas com flechas. Paussin observou o arco, estendeu a corda e olhou para seus soldados. Pityo pegou uma flecha e armou o arco, Morn pegou duas flechas se afastou lateralmente de Paussin e armou seu arco de forma inclinada. Paussin pegou três flexas ficou entre Pityo e Morn, armou seu arco na posição horizontal, como uma besta, segurou as três flechas, olhou para os soldados e acenou com a cabeça. Pityo lançou primeiro e acertou o alvo à frente de Morn, este lançou quase que em seguida e acertou os alvos restantes. Paussim só esperou ouvir os ruídos das flechas acertando os centros dos alvos para lanças as suas que rasgaram as três flechas atiradas pelos soldados.

_Incrível! _exclamou Sir Lenard!

Os soldados, que tinham parado seus treinamentos para ver os elfos, ficaram a discutir entre si sobre o ocorrido.
Uter sorria, parecia viajar com a cena que acabara de ver. Desencostou-se da coluna e foi ao encontro de Sir Lenard e os outros. Fiquei observando de onde estava com Laviëh e Merlin. Uter apertou a mão de Paussin e dos soldados. Agradeceu a demonstração, se despediu de Sir Lenard e voltou com meus amigos para onde estávamos.

_Naldus, acredito que precises voltar para Haendelle e informar a seu mestre que o documento foi entregue.
_Sim, senhor!
_Ótimo, por favor, informe a mestre Hortinin que daqui a 15 dias movimentarei algumas tropas para mais uma batalha. Será nos arredores de Hertfordville. Tropas de Cornwall estão baseadas nessa cidade, vencendo a peleja a cidade será nossa. Gostaria de ter um reforço elfico nesta disputa.
_Estaremos lá! _respondemos em conjunto, Paussin e eu.
_Certo, assim seja! Merlin, acho que podes levar seus amigos de volta pra casa.
_Como desejar, General

Despedimo-nos de Uter, acenamos para Sir Lenard, que ainda olhava as flechas atravessadas por Paussin nos alvos. Dali mesmo, Merlin invocou seu feitiço de transporte e mais uma vez em poucos segundos estávamos de volta ao gabinete de mestre Hortinin.

_Realmente é uma aparição espetacular, gostaria de ter visto a cara de Mestre Haldamir ao presenciar a vossa chegada em Civitis!_ disse-nos mestre Hortinin, que estava sentado a sua cadeira, com um sorriso nos lábios.
_Não me esquecerei dessa imagem por um bom tempo... _ disse Paussin para o mestre.

O mestre continuou sorrindo e me perguntou sobre a visita a Vernes. Expliquei tudo que ocorreu. Enquanto eu falava, olhei para Lavië e percebi que dessa vez a viagem não pareceu perturbá-la. O mestre agradeceu pelo nosso serviço, abraçou Merlin e pediu para que Paussin avisasse aos demais soldados sobre o combate que se realizaria dali a quinze dias. Todos estavam saindo da sala e quando eu ia em direção à porta, mestre Hortinin me chamou.

_Irmão Naldus, fique mais um minuto, por favor!

Lavië me olhou. Eu acenei com a cabeça para ela e fechei a porta. Voltei e o mestre pediu que eu me sentasse.

_Irmão, tu sabes que a situação que iremos enfrentar a partir de hoje é muito crítica. Quando eu sair daqui irei avisar os demais mestres sobre o seu trabalho em Vernes. Provavelmente a mestre Linwë enviará parte de seus soldados para Vernes, não posso esperar muito das demais cidades, devido à distância que existe entre nós. Sei que tu és um dos melhores druidas entre os jovens, somente gostaria de saber uma coisa: entendes que podes não voltar para casa? Entendes que podes morrer?
_Sim, mestre! Entendo, mas como sempre me foi ensinado no druinato, Aqueles que têm o conhecimento do carvalho nada devem temer, pois sabemos que o altíssimo tudo pode e que Viviane nos protegerá!
_É bom saber que tens fé, irmão, vamos precisar de muita. Viviane nos alertou que suas lágrimas não serão suficiente para acalmar os nossos corações nesse momento. Vá Naldus, descanse um pouco e visite sua família, acredito que pegarás a janta se for logo!

Sorri para o mestre, ele afagou meus cabelos, me levou até a porta e antes de eu partir me disse:

_Cuide bem de Lavië, ela precisa muito de ti!

Provavelmente minha expressão de indagação foi imediata, pois logo o mestre completou:

_Converse um pouco com ela, tu entenderás! Namárië!
_Namárië, mestre!

Segui dali até minha casa e o perfume de torta de amoras sendo assada foi como uma poção de ânimo e mais ainda quando vi a alegria de minha mãe ao abrir a porta e me ver.
(continua)

2 comentários:

Anônimo disse...

Muitu style..

so falta u meu nehh..
mas tudu beumm axu ki vai fika na promessaa.

uhuahuahuahau

bjuuuu

Anônimo disse...

se minha boneca estivesse pronta .. poderia fazer parte dessa liga extraordinária...
enfim...
Espero entrar no próximo capítulo.
kkk

bjs